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Como Evitar a Malha Fina ao Declarar Operações na Bolsa de Valores

Como Evitar a Malha Fina ao Declarar Operações na Bolsa de Valores

Investir na Bolsa de Valores pode ser uma excelente estratégia para aumentar o patrimônio, mas também traz responsabilidades adicionais, como a correta declaração das operações no Imposto de Renda. Um dos maiores receios dos investidores é cair na malha fina da Receita Federal, o que pode resultar em multas e complicações legais. Neste artigo, vamos abordar de forma clara e detalhada como evitar a malha fina ao declarar suas operações na Bolsa de Valores, garantindo que sua declaração esteja em conformidade com a legislação.

O Que é a Malha Fina?

A malha fina é um processo de revisão mais detalhado da declaração de Imposto de Renda realizado pela Receita Federal. Quando a Receita identifica inconsistências, omissões ou erros na declaração, ela retém a declaração para uma análise mais aprofundada. Se os problemas não forem corrigidos, o contribuinte pode ser chamado para prestar esclarecimentos, pagar multas e até responder a processos administrativos.

No caso dos investidores da Bolsa de Valores, a malha fina pode ser desencadeada por diversos motivos, como a falta de declaração de operações, erros no cálculo do imposto devido, omissão de rendimentos ou inconsistências entre os valores declarados e as informações recebidas pela Receita.

1. Declarar Todas as Operações, Independentemente do Valor

Um dos erros mais comuns que levam investidores à malha fina é a omissão de operações de compra e venda de ações ou outros ativos. Muitos acreditam que, se as vendas em um mês não ultrapassarem R$ 20.000, não há necessidade de declarar. No entanto, essa isenção refere-se apenas à tributação dos ganhos de capital, e não à obrigatoriedade de informar as operações.

Todas as compras e vendas de ativos na Bolsa de Valores devem ser declaradas, mesmo que não gerem lucro ou que o valor seja baixo. A Receita Federal cruza as informações fornecidas pelas corretoras com as declarações dos contribuintes. Se houver discrepâncias, você corre o risco de cair na malha fina.

2. Apurar e Recolher o Imposto Corretamente

Outro fator que frequentemente leva investidores à malha fina é o erro na apuração e no recolhimento do imposto sobre os ganhos de capital. No Brasil, os ganhos com operações normais (swing trade) são tributados em 15%, e os ganhos com day trade são tributados em 20%. O imposto deve ser apurado e recolhido até o último dia útil do mês seguinte ao da venda dos ativos.

Muitos investidores esquecem de recolher o imposto mensalmente e tentam acertar as contas apenas na declaração anual, o que pode gerar multas e juros. É essencial manter um controle rigoroso das operações e utilizar o programa Sicalc, disponibilizado pela Receita Federal, para calcular e emitir o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) mensalmente.

3. Informar Corretamente os Dividendos e Juros sobre Capital Próprio

Dividendos e juros sobre capital próprio são rendimentos que os investidores recebem das empresas nas quais possuem ações. Embora os dividendos sejam isentos de imposto, eles devem ser declarados na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. Já os juros sobre capital próprio, que são tributados na fonte, devem ser informados na ficha de Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva.

O erro na declaração desses rendimentos ou a sua omissão é um dos motivos que podem levar a Receita Federal a reter a sua declaração para análise.

4. Compensar Prejuízos Anteriores

A legislação permite que os prejuízos acumulados em operações na Bolsa de Valores sejam compensados com os ganhos futuros, reduzindo o imposto a pagar. No entanto, é comum que investidores esqueçam de registrar esses prejuízos corretamente ou não saibam como compensá-los.

Para evitar problemas, mantenha um controle detalhado dos prejuízos e informe-os na ficha de Renda Variável da declaração, especificando os valores a serem compensados. Essa prática não só reduz a chance de cair na malha fina como também pode gerar economia no pagamento de impostos.

5. Declarar Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma modalidade de investimento muito popular, mas que exige cuidados na declaração. Os rendimentos distribuídos mensalmente pelos FIIs são isentos de imposto para pessoas físicas. No entanto, esses rendimentos devem ser declarados na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis.

Além disso, os ganhos de capital obtidos com a venda de cotas de FIIs são tributáveis e devem ser declarados corretamente na ficha de Renda Variável. O erro na declaração desses rendimentos ou a omissão das operações podem facilmente levar à malha fina.

6. Manter o Controle de Custos Operacionais

Os custos operacionais, como corretagem e emolumentos, podem ser deduzidos do valor de venda dos ativos, reduzindo assim o ganho de capital e o imposto a pagar. No entanto, muitos investidores não registram esses custos corretamente ou esquecem de incluí-los na apuração do imposto.

Manter um controle detalhado de todos os custos associados às operações na Bolsa de Valores é fundamental para garantir que o imposto seja calculado corretamente. Omissões ou erros nesse cálculo podem levantar suspeitas da Receita e resultar na retenção da declaração.

7. Declarar Criptoativos

Com o crescente interesse em criptomoedas, a Receita Federal intensificou a fiscalização sobre esse tipo de ativo. As operações com criptoativos devem ser declaradas na ficha de "Bens e Direitos" e, dependendo do volume das operações, o imposto sobre o ganho de capital deve ser apurado e recolhido.

A omissão ou a declaração incorreta de criptoativos é uma das razões pelas quais muitos investidores têm caído na malha fina. Certifique-se de declarar todos os criptoativos que possui e as operações realizadas, mesmo que não tenham gerado lucro.

8. Revisar a Declaração com Cuidado

Antes de enviar sua declaração de Imposto de Renda, é fundamental revisar todas as informações inseridas. Verifique se todas as operações, rendimentos e impostos pagos foram corretamente declarados. Utilize os informes de rendimentos fornecidos pelas corretoras e outras instituições financeiras como base para a revisão.

Se possível, conte com o apoio de um contador especializado em investimentos para revisar a declaração. Um olhar experiente pode identificar inconsistências ou erros que poderiam passar despercebidos, evitando problemas futuros com a Receita Federal.

Se você precisa de ajuda para garantir que sua declaração esteja em conformidade com a legislação e evitar a malha fina, a PrestCert está à disposição para oferecer suporte especializado. Nossa equipe de contadores pode ajudar você a declarar corretamente seus investimentos e aproveitar todas as oportunidades legais para reduzir sua carga tributária.